Animal Collective – Merriweather Post Pavillion
B Fachada – B Fachada
The XX – XX
Grizzly Bear – Veckatimest
Andrew Bird – Noble Beast
:papercutz – Lylac
Nosaj Thing – Drift
Pink Mountaintops – Outside Love
Mayer Hawthorne – A Strange Arrangement
Cass McCombs – Catacombs
Lightning Dust – Infinite Light
Samuel Úria – Nem Lhe Tocava
Noah And The Whale – The First Days Of Spring
Fever Ray – Fever Ray
Discovery – LP
Dan Deacon – Bromst
João Coração – Muda Que Muda
Timber Timbre – Timber Timbre
Bat For Lashes – Two Suns
Memory Tapes – Seek Magic
Antony & The Johnsons – The Crying Light
It Hugs Back – Inside You Guitar
Moderat – Moderat
Chris Garneau – El Radio
Golden Silvers – True Romance
Atlas Sound – Logos
Girls - Album
Say Hi – Oohs & Aahs
Phoenix – Wolfgang Amadeus Phoenix
The Legendary Tigerman – Femina
2009/12/30
2009 em discos
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Antonio Antunes
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2009/12/28
2009/12/22
2009/12/13
B Fachada
Muito se tem dito e muito se tem escrito, à volta das coisas que B Fachada vai fazendo na música, e o que vai surgindo na imprensa escrita ou nas linhas etéreas da net, vai desenhando um artista que se odeia ou que se ama irredutivelmente. Pessoalmente confesso que até ao Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado (2009), ouvi-a com respeito, mas não o conseguia levar completamente a sério, teimava em vê-lo como uma espécie de Manuel João um pouco mais erudito e nada mais que isso. É desta forma e seguindo este argumento, que parti em direcção B Fachada (o álbum), sem compromissos e com normais expectativas.
Sabendo que não vou ser levado completamente a sério, vou afirmar que B Fachada, o disco homónimo e segundo deste ano de Bernardo Fachada, é provavelmente a melhor coisa que ouvi cantada em português nos últimos 10 anos (apetecia-me dizer mais…), um disco intimista e repleto de pequenas histórias, as quais Fachada conseguiu dar a ironia perfeita. B Fachada pode parecer um diamante em bruto, mas deixando entrar a luz em certos ângulos e tomando atenção a todas as suas verdadeiras formas, reparamos que é uma peça preciosa como poucas.
A abertura feita a “Responso Para Marido Transviado” marca o ponto de partida, para uma aventura entre a língua portuguesa e deliciosa voz de Fachada; “Cantiga de Amigo” é construída sobre a estrutura harmoniosa de rhodes, que mantém coesa toda a canção; “O Desamor”é uma viagem sem sair do sítio, é o perfeito retrato da eterna partida adiada, usando a palavras de Fachada “… não é preciso dor, para provar o desamor”; “A Velha Europa” é um carrossel mágico onde não se paga bilhete; “Tempo Para Cantar” é aquele tipo de canção perfeita, não há nada para dizer; a pura diversão “Estar à Espera ou Procurar” sai com a intenção de quebrar a melancolia do disco, ainda assim funciona como um calmante relaxante, um suave bater de pé.”A Bela Helena” é uma história idílica sobre o ciúme, construído com um brilhantismo inigualável, um tema lindíssimo; é com “Kit de Prestidigitação” que tenho a primeira noção do único defeito do disco, é curto, passa depressa…
B Fachada transformou-se num cantor adulto, num músico a serio, entrou para a lista dos músicos portugueses que merecem um altar.
Momento Mágico: Tempo Para Cantar

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2009/12/08
Grizzly Bear
O ano está quase no fim, aqui e ali vão surgindo as listas dos melhores albuns do ano (o meu está em construção e sairá muito em breve - fiquem atentos). Fica para já um dos melhores temas de 2009.
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Antonio Antunes
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2009/11/29
II Rock N' A. D. EGA
EGA - PAVILHÃO DA ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA - 2009/11/28
BOOSTER - MySpace
KARPE DIEM - MySpace
ANTI-CLOCKWISE - MySpace
GAZUA - MySpace
EX-VOTOS - MySpace
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Antonio Antunes
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2009/11/25
2009/11/21
2009/11/18
The Legendary Tiger Man
Talvez as principais características da musica de Legendary Tiger Man, sejam a sua carga fortemente sensual, o arrastamento das suas composições e a forma descarnada como as interpreta. Se até agora estes foram alguns dos seus conceitos, com Femina tudo adquire uma dimensão ainda mais reforçada. Rodeado de imensas mulheres (Asia Argento / Maria de Medeiros / Peaches / Becky Lee / Rita Redshoes / Lisa Kebaula / Cláudia Efe / Phoebe Killdeer / Mafalda Nascimento / Cibelle), o Homem-Tigre abandona a posição de músico solitário, e com a destreza que lhe é tão particular constrói um álbum portentoso. Tema após tema, Paulo Furtado traça a preto e branco o desenho da mulher perfeita, delineando primorosas linhas de contorno e retratando o lado feminino das mais diversas tonalidades. Femina é rock-roll no feminino pelas mãos de um ser masculino, e ter consigo traduzir tudo isto com tanta mestria, prova que The Legendary Tiger Man é dos mais notáveis músicos da nossa praça.
Momento Mágico: These Boots Are Made For Walking
The Legendary Tiger Man – Femina (2009) - EMI

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2009/11/15
Animal Collective
Mais um video retirado de Merriweather Post Pavilion (2009).
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2009/11/03
The XX
Cada vez são menos as bandas que conseguem, logo ao primeiro disco focarem tanta atenção sobre si, aparentemente a razão disso terá mais a ver com nossa desconfiança, do que com uma divulgação/produção menos capaz, todo este raciocínio daria para uma curta tese, mas isso pouco importa agora, o que quero salientar é que essas bandas existem e estão por aí, à curta distancia de um clique, é só procurar (segue-se um exemplo do que falo).
A banda Londrina fundada em 2008, agarra na componente mais suave e mais elementar de uns Young Marble Giants e colando uns ritmos deprimidos de uns The Cure, produz uma sonoridade localizada algures entre o fim dos anos 80 e o principio dos 90. A magia criada pela conjugação das vozes de Romy Madley Croft e de Oliver Sim, reveste estes The XX de uma aura de aprazível sedução (“Crystalised” / “Stars”), um caminho de subtis manipulações (“VCR” / “Basic Space”) ou então uma paixão descontrolada (“Infinity”). Com o aproximar do fim de 2009, começo a esboçar a lista dos melhores do ano, sinceramente não sei nem imagino ainda, qual a ordem em que vou por este disco dos The XX, mas tenho quase a certeza que ficará nos 5 primeiros.
Momento Mágico: Infinity
The XX – XX (2009) - Young Turks

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2009/10/26
Health
Ruído com Sentido
John Famiglietti (o homem-máquina por detrás dos Health), retoma após dois anos o mesmo conceito de minimalismo noise, a corrente então desenvolvida deu origem ao álbum com o mesmo nome e nele uma grande parte da crítica deu louvores, criando uma espécie de esperança delirante. Get Color resulta dessa confiança, a fé que anima este cosmos desvairado ganhou forma física em formato de rodela comprável (ou melhor descarregável) em qualquer bom estabelecimento de referência. Os Health seriam mais uma banda de noise, até porque tem tudo para o ser: guitarras iradas; sintetizadores em permanente loop; baterias a viverem uma pequena revolução industrial, a diferença nasce nas sombras sob a forma de espectro vocal, é aqui que reside a diferença, é na suave mistura que toda esta confusão ganha forma e sentido.
Momento Mágico: We Are Water
Health – Get Color (2006) – Lovepump United

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2009/10/16
Discovery
A meio caminho entre a pop de efeito imediato e a electrónica de cariz corriqueiro, nascem os Discovery um disco feito a meias por Rostam Batmanglij (Vampire Weekend) e Wes Miles (Ra Ra Riot), que de braço foram dando corpo a um caleidoscópio de milhentos sons e cores. O que se encontra dentro do mundo escondido de LP, é precisamente aquilo que é imediato, as primeiras vezes que ouvi o disco, fiquei com a sensação que existe muita coisa escondida, sobre a qual temos de reflectir e procurar soluções necessárias, depois e com o passar do tempo, toda a neblina começa a levantar e nasce um dia maravilhoso onde o sol é rei e senhor. Um dos factores mais interessantes de LP, é não se contentar com uma única etiqueta, aliás se à coisa com que os Discovery não se importam é com rótulos, dentro de LP há pop experimental, electro, voice coder em exagero, se há um objectivo definido em Discovery, é precisamente não ter de descobrir rigorosamente nada.
Momento Mágico: Carby
Discovery – LP (2009) - XL

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2009/10/13
2009/10/02
Atlas Sound
Um ano após Let The Blind Lead Those Who Can See But Cannot Feel (2008), Bradford Cox volta á acção com Logos. Se até este momento o associava de imediato aos Deerhunter, com estes dois trabalhos num tão curto espaço de tempo, surge a libertação desse seu outro projecto, e nasce uma nova estrela no firmamento indie pop. Cox sempre foi visto como um músico um pouco há parte, a sua forma meia excêntrica de estar no mundo da música, sempre lhe deu a capacidade necessária para fazer o que bem entendesse, é assim que sem pressão e sem recorrer a normas produz Logos.
Logos é um disco em que o equilíbrio é bastante ténue, há como que uma agradável sensação de claustrofobia, a nuvem escura que paira sobre a alma de Cox é o sintoma da sua bipolaridade musical. Cox tem o espírito carregado de ideias, e se algumas são imediatas (“Walkabout” / “Criminals” / “Quick Canal”), há outras que são de facto mais demoradas e bem mais exigentes, necessitando da nossa parte uma maior e mais apurada atenção (“The Light That Failed” / “Shelia” / “Kid Klimax”), seja como for e analisando Logos de uma forma mais intensa, encontrei um disco moderadamente feliz e eficazmente triste, está repleto de sentimentos dúbios, há uma guerra de egos dentro de Cox, e usando (e abusando) dessa premissa vai montando e desmontado a sua arte.
Momento Mágico: Shelia
Atlas Sound - Logos (2009) - 4AD

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2009/09/21
Delorean
Momento Mágico: Seasun
Delorean – Ayrton Senna [EP] (2009) - Fool House

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2009/09/16
2009/09/14
Micah P. Hinson
O trabalho de Micah P. Hinson, não é mais do que um simples disco de covers... Ouçamos então o senhor.
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2009/09/09
Soulsavers
Não existe novidade alguma em misturar diversos estilos de música, há imensos projectos e bandas a faze-lo, tornar a coisa perfeitamente harmoniosa é que faz toda a diferença. Rich Machin e Ian Glover vêm já desde há algum tempo, a conseguir marcar essa diversidade, o seu cosmos engloba electrónica, pop, gospel, country e rock, criando um ambiente intimista e deveras melancólico. Nos anteriores dois trabalhos Tough Guys Don’t Dance (2003) e It's Not How Far You Fall, It's the Way You Land (2007), já tudo tinha sido explicado e definido, com o novo trabalho Broken, o que se sente é ainda uma maior pureza na forma como tudo é explanado. Broken tem convidados de luxo, para além do já habitual Mark Lenagan (Screaming Trees / Queens Of The Stone Age / The Gutter Twins), há Mike Patton (Faith No More), há Jason Pierce (Spiritualized) entre outros. A colaboração entre estas (geniais) vozes e musica produzida por Machin e Glover levam os Soulsavers a uma dimensão quase religiosa. Broken são os Soulsavers a tentarem salvar a alma, a deles e a nossa.
Momento Mágico: Unbalanced Pieces
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2009/09/05
Girls
Anda por aí, o primeiro disco de Girls, fica o excelente primeiro single:
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2009/09/02
3 Anos de Penso Sonoro
Um enorme bem-haja a todos desse lado.
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2009/08/19
Nosaj Thing
O fascinante mundo colorido de Jason Chung, é desenhado por linhas planantes e de contornos bastante ténues, não é mais que uma suave neblina electrónica, a sua música fica na fronteira do hip-hop electrónico e a lado mais hipnótico da programação. É precisamente a explorar essa fronteira, que Jason Chung consegue inovar, e consegue-o por que não se liberta na totalidade da tensão e do dramatismo próprio do hip-hop.
Nosaj Thing (é este o nome do projecto) segue a linhagem dos Boards Of Canada nas vertentes mais batidas e usa toda a área ambiental de Fennesz. Não qualquer receio por para de Chung em colar-se aos mestres, com Drift mostra que não há metas a atingir, é uma viagem de janela aberta, entra ar fresco por todo o lado, ou seja temos o ponto de partida, já conhecemos o inicio, devemos por isso ficar em alerta.
Momento Mágico: Fog
Nosaj Thing – Drift (2009) – Alpha Pup

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2009/08/06
João Coração
João Coração provêm da mesma linhagem de um JP Simões, de um Fausto ou mesmo de um Tony de Matos, representa por isso (até este momento) o último dos românticos. O cantor romântico com contornos perfeitamente citadinos, é algo em vias de extinção, vão aqui e ali surgindo pequenos fogachos, mas rapidamente desaparecem entre as brumas ao melhor estilo sabastiónico. João Coração soube com imensa perícia ocupar esse lugar, vestiu o fato de macaco lírico e de guitarra a tiracolo, aderiu ao universo do amor. Chegado a este ponto não se inibiu, libertou as poucas regras existentes e agarrou todas as oportunidades que surgiram pela frente. João Coração apreendeu na perfeição a escola anglo-francesa, agarrou os tiques de Gainsbourg na sua vertente mais barroca e os contornos glam-rock de Bryan Ferry, desenhou um estilo cabaret de cão abandonado, carrega nos ombros em simultâneo a desconfiança e completa esperança na humanidade.
Muda Que Muda começa algures na América Latina, os contornos arrastados de “Canção Para Ficar” no formato de bolero quase dançável, fica nos ouvidos a curta frase que diz: “perder com nobreza é empatar…”; “Passo a Passo” é a canção do viajante, é preciso mudar para poder encontrar e encontrar é procurar, um sem fim delicioso; a admiração por “Sofia” também pode ser cantada, o romântico ao contrário da canção do outro, é trôpego e tem muitas vezes falta de coragem.
João Coração é um saltimbanco do romance cantado, anda por aqui e por aí, esperançado em conseguir alterar o estado normal das coisas. Não desistas João, a gente conta contigo…
Momento Mágico: Muda Que Muda
João Coração – Muda Que Muda (2008) – FlorCaveira

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2009/07/27
Cass McCombs
Depois de ter sido (e muito bem) aconselhado por alguém, decidi comprar o Dropping The Writ (2008), sem me ter maravilhado, consegui ainda assim gostar imenso do disco. Seja como for, é este o episódio responsável, para que o nome de Cass McCombs tenha ficado gravado na minha mente e ficando o radar ligado para os seus próximos trabalhos. Ora não foi preciso esperar muito, para isso acontecer, um ano após ter assinado pela Domino, eis que chega um novo disco, de seu nome Catacombs.
Catacombs é quase todo construído na primeira pessoa, há alegria e fortuna, há contentamento e regozijo, há ainda um apelativo mundo sensorial a ser despertado. 11 Temas de diversas cores e odores, Catacombs deve ser visto (ouvido) como um trabalho perfeitamente colorido, onde as mais admiráveis cores se misturam de uma forma sublime.
“Dreams-Come-True-Girl” é puro rock & roll veraneante a transbordar de felicidade, uma leve piscadela de olho a Roy Orbison. Na mesma sintonia está “You Saved My Life”, aqui introduzindo uma slide-guitar, que lhe dá uma aura de microclima de um qualquer bar abandonado do interior dos EUA. “My Sister, My Spouse” é continuação da marca romântica de McCombs, se bem que aqui de uma forma altamente duvidosa. Com “Lionkiller Got Married” existe um sair do armário por parte de Cass, talvez no futuro devesse explorar esta vertente mais “agreste”.
Ao quarto disco, o cantor de Baltimore marca em definitivo o seu território, se a primeira tendência será em rotula-lo de imediato com o selo de country-folk singer, McCombs mostras que é muito mais que isso, há qualquer coisa de grande valor na sua musica, lembra-me talvez um Beck mas completamente despido do conceito electrónico.
Catacombs é uma agradável surpresa neste Verão de 2009, basta encontrar a esplanada certa.
Momento Mágico: Harmonia
Cass McCombs – Catacombs (2008) – Domino

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2009/07/19
Jens Lekman (Concerto)
COIMBRA - SALÃO BRASIL - 2009/07/17
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Fotos: Nuno Araújo
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Antonio Antunes
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