Velho Ancião
Ao contrário da grande maioria das coisas que tenho lido na net, eu não conhecia de todo este velho ancião, é bastante provável que já tivesse em tempos, lido o seu nome algures, mas nunca o suficiente para o fixar (coisa que entretanto já resolvi, indo ouvir quase todo o material dos anos 70 deste autor). Toda esta explosão de palavras à volta do nome de Gil Scott-Heron, tem como principal detonador as suas próprias palavras. Passo a explicar, Gil Scott-Heron é um poeta que canta, usa o vocabulário como arma de revolta num mundo povoado de problemas sociais, usos e abusos, tudo isto tendo como base o “faz como eu digo e não como eu faço”, visto ele próprio padecer desses problemas. Após uma longa paragem Gil Scott-Heron regressa a estúdio e grava I’m New Here, o que não deixa de ser um título caricato para um autor, que conta com mais de uma dúzia de álbuns gravados.
I’m New Here é um álbum de um sexagenário, a quem o tempo apenas deu destreza de espírito e amplitude de vida, musicalmente é perfeitamente actual, estando a par dos seus pares. O ambiente poético que nasce logo no inicio de I’m New Here é a prova de que o velho Gil Scott-Heron regressa de um sítio doloroso, de um lugar sombrio e de privação; com “Me And Devil“ visita as linhas sonoras negras e sombrias de Burial produzindo uma zona profundamente obscura; em “I’m New Here” é um cantautor folk de palha ao canto da boca; “Your Soul And Mine” um loop mental, completo com um poema austero; “New York Is Killing Me“ um choro repetitivo, um canto urbano de sofrimento.
I’m New Here que é já um dos grandes discos de 2010, peca apenas pela sua curta duração, quando começa a penetrar-nos a alma e fazer-nos felizes acaba, problema de fácil resolução, basta clicar novamente no play.
Ao contrário da grande maioria das coisas que tenho lido na net, eu não conhecia de todo este velho ancião, é bastante provável que já tivesse em tempos, lido o seu nome algures, mas nunca o suficiente para o fixar (coisa que entretanto já resolvi, indo ouvir quase todo o material dos anos 70 deste autor). Toda esta explosão de palavras à volta do nome de Gil Scott-Heron, tem como principal detonador as suas próprias palavras. Passo a explicar, Gil Scott-Heron é um poeta que canta, usa o vocabulário como arma de revolta num mundo povoado de problemas sociais, usos e abusos, tudo isto tendo como base o “faz como eu digo e não como eu faço”, visto ele próprio padecer desses problemas. Após uma longa paragem Gil Scott-Heron regressa a estúdio e grava I’m New Here, o que não deixa de ser um título caricato para um autor, que conta com mais de uma dúzia de álbuns gravados.
I’m New Here é um álbum de um sexagenário, a quem o tempo apenas deu destreza de espírito e amplitude de vida, musicalmente é perfeitamente actual, estando a par dos seus pares. O ambiente poético que nasce logo no inicio de I’m New Here é a prova de que o velho Gil Scott-Heron regressa de um sítio doloroso, de um lugar sombrio e de privação; com “Me And Devil“ visita as linhas sonoras negras e sombrias de Burial produzindo uma zona profundamente obscura; em “I’m New Here” é um cantautor folk de palha ao canto da boca; “Your Soul And Mine” um loop mental, completo com um poema austero; “New York Is Killing Me“ um choro repetitivo, um canto urbano de sofrimento.
I’m New Here que é já um dos grandes discos de 2010, peca apenas pela sua curta duração, quando começa a penetrar-nos a alma e fazer-nos felizes acaba, problema de fácil resolução, basta clicar novamente no play.
Momento Mágico: Me And The Devil
Gil Scott-Heron - I'm New Here (2010) - XL Recordings Ltd.
Gil Scott-Heron (site) & MySpace
1 comentário:
Excelente regresso!
Sabes que o gajo da XL Recordings foi visitá-lo à prisão para lhe propor gravar um álbum quando ele saísse.
E, como já deu para ver, ele aceitou :)
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