Outra Intensidade
Um ano é um instante, e se à primeira vista pode parecer muito tempo, o que acontece é que neste mundo da musica tudo é apressado e efémero. Já passou um ano, desde que mencionei por aqui o nome dos nome dos No Age pela primeira, eram há altura uns perfeitos desconhecidos nestas lides mais independentes da musica. Weirdo Rippers cumpriu perfeitamente o objectivo, era um disco eficaz e bem desenhado, pecava talvez por ser tão curto, o que fazia com que se abusasse da quantidade de audições praticadas, seja como for escuta-lo era um exercício delicioso (ler mais aqui).
Com Nouns os No Age assinam em definitivo um estilo e indicam o caminho que querem seguir. O noise continua disfarçado, o post-punk perdeu um pouco a largura de ombros, tudo ficou mais nítido, mais cerebral, há mais trabalho de casa, coisa que se reflectiu certamente numa melhor produção em estúdio. O que dantes poderia parecer elementar, transformou-se agora num primário intencional.
Nouns são 31 minutos de musica, repartidos por 12 temas, é um instante enquanto se chega ao fim e penso que esta é a principal imagem de marca dos No Age, directos a essência da coisa, cortam com tudo o que seja supérfluo e que ocupe espaço em demasia. “Miner” entra pelos ouvidos em ondas de eco, como se estivesse a untar o canal auditivo, para depois tudo entrar sem grandes danos. “Eraser” usa o mesmo estratagema, uma intro que dura quase meio tema, que vai desaguar numa guerra a duas vozes. O uso de apoio de pequenos sons electrónicos (ouça-se o inicio e o fim de “Teen Creep”), veio enriquecer o som dos No Age, indo ocupar o espaço que sobra entre a guitarra e bateria. A sequencia “Sleeper Hold” e “Here Should Be My Home” é No Age com um ano de idade, pura alegria de movimento.
Os No Age com Nous estão menos abrasivos, a intensidade do seu brilho ganhou outra cor, há mais requinte, o duo da Califórnia socializou-se.
Momento Mágico: Things I Did When I Was Dead
No Age – Nouns (2008) - Sub Pop
My Space
Um ano é um instante, e se à primeira vista pode parecer muito tempo, o que acontece é que neste mundo da musica tudo é apressado e efémero. Já passou um ano, desde que mencionei por aqui o nome dos nome dos No Age pela primeira, eram há altura uns perfeitos desconhecidos nestas lides mais independentes da musica. Weirdo Rippers cumpriu perfeitamente o objectivo, era um disco eficaz e bem desenhado, pecava talvez por ser tão curto, o que fazia com que se abusasse da quantidade de audições praticadas, seja como for escuta-lo era um exercício delicioso (ler mais aqui).
Com Nouns os No Age assinam em definitivo um estilo e indicam o caminho que querem seguir. O noise continua disfarçado, o post-punk perdeu um pouco a largura de ombros, tudo ficou mais nítido, mais cerebral, há mais trabalho de casa, coisa que se reflectiu certamente numa melhor produção em estúdio. O que dantes poderia parecer elementar, transformou-se agora num primário intencional.
Nouns são 31 minutos de musica, repartidos por 12 temas, é um instante enquanto se chega ao fim e penso que esta é a principal imagem de marca dos No Age, directos a essência da coisa, cortam com tudo o que seja supérfluo e que ocupe espaço em demasia. “Miner” entra pelos ouvidos em ondas de eco, como se estivesse a untar o canal auditivo, para depois tudo entrar sem grandes danos. “Eraser” usa o mesmo estratagema, uma intro que dura quase meio tema, que vai desaguar numa guerra a duas vozes. O uso de apoio de pequenos sons electrónicos (ouça-se o inicio e o fim de “Teen Creep”), veio enriquecer o som dos No Age, indo ocupar o espaço que sobra entre a guitarra e bateria. A sequencia “Sleeper Hold” e “Here Should Be My Home” é No Age com um ano de idade, pura alegria de movimento.
Os No Age com Nous estão menos abrasivos, a intensidade do seu brilho ganhou outra cor, há mais requinte, o duo da Califórnia socializou-se.
Momento Mágico: Things I Did When I Was Dead
No Age – Nouns (2008) - Sub Pop
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