A mítica banda de Bristol está de volta aos escaparates, 11 anos após o álbum homónimo e 14 anos após a obra-prima Dummy. O primeiro medo a vencer, foi tentar quebrar o longo espaço temporal que existe entre o disco de 1997 e este novo trabalho. 11 Anos é muito tempo, e se muitas vezes o tempo pode ser um bom conselheiro fazendo com que tudo seja visto e revisto até à exaustão, o mais normal é acontecer precisamente o contrário. No caso em questão a passagem dos dias, meses e anos, foi bastante benéfica.
Os Portishead regressam cheios de boa vontade e com uma força inimaginável, a voz de Beth Gibbons continua maravilhosamente bela, é intenso o seu brilho, carrega toneladas de nostalgia, padece de um constante desespero, há algo na sua voz que me atraí de uma forma irresistivel, é um permanente convite a clonagem, um eterno canto que diz: “funde-te em mim”.
Third é um disco brilhante, perfeitamente produzido e composto de forma imaculada, nada falha, tudo está no sítio certo, existe a exactidão de um relógio suíço, cada nota, cada verso, cada loop, cada canto…
Sério candidato a disco mais perfeito do ano.
Portishead – Third (2008) – Mercury/Island
Sem comentários:
Enviar um comentário