2006/12/28

Archive

Luzes

Lights é a reinvenção, a luz de uma nova aurora. A saída de Craig Walker do colectivo britânico Archive, rompeu com a sonoridade dos álbuns predecessores e dá lugar a um não menos virtuoso Pollard Berrier, que empresta eficazmente a voz à maioria das faixas deste disco.
A energia mutante dos Archive, revela-se num disco hipnótico, meticulosamente lírico, habitando atmosferas melancólicas (“I Will Fade”, “Taste of Blood”), oníricas (“Lights”), e de electro-rock (“Sane”, “System”).
Um registo com menor pendor trip-hop que o debutante “Londinium”, menos sombrio que “Noise”, ressentindo-se, por vezes, da ausência de alguma da magia que predomina no brilhante “You Look All The Same To Me”. Momento épico do disco é seguramente a faixa homónima, “Lights”. 18 minutos, que revisitam “Again”, mas apenas nesse aspecto. Tema complexo, repartido entre o instrumental e o vocal, evocando o rock progressivo Floydiano. Inicia com piano minimalista, e em escalada cronometrada ao pormenor, juntam-se a electrónica, a bateria e as guitarras, notas corais e por fim a voz rasante de Berrier.
É pura emoção, é a grande viagem. Lights requer uma audição cuidada e sem pausas. No final, garanto-vos, do todo resultará uma agradável e inesperada homogeneidade

Momento Mágico: Lights


Archive - "Lights" (2006) - Warner

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