2007/02/16

Tom Waits

Filhos Bastardos

Fato escuro e chapéu preto marcam o estilo excêntrico deste verdadeiro senhor da poesia cantada. Há mais de 30 anos que escreve, compõe e canta as suas próprias criações. Dono de um género musical frequentemente indefinível, é a voz cavernosa de Thomas Alan Waits que lhe confere carisma e individualidade. Entre uma garrafa de whisky e uma fumaça, num canto mal iluminado de um pestilento bar, resulta inevitavelmente música e poesia, rock ou blues ou outra coisa qualquer.
O seu último disco, são os filhos rejeitados de uma vida inteira dedicada à música. Mais de 50 canções, das quais a maioria é inédita, retiradas do fundo de um poeirento baú, órfãs de uma merecida edição onde pudessem ter sido incluídas. Agora Waits entrega-as finalmente á adopção. Dividido em três cd’s, Brawlers, é a reunião do blues enegrecido e do rock’n roll. Bawlers contém etílicas baladas e temas em piano, enquanto que Bastards, o mais misterioso e sui generis do conjunto, reflecte o lado experimental e cinematográfico do autor.
Orphans é a história revelada, de um homem a quem um dia ousaram vaiar. Em boa e a más horas a escutamos.
Obrigado Tom.

Momento Mágico: Long Way Home


Tom Waits
– “Orphans: Brawlers, Bawlers & Bastards” (2006) - Anti


OUTRO PENSO por António Antunes

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