Pop de Fato e Gravata
Boxer marca o regresso dos National, após terem atingido a merecida notoriedade em 2005 com o seu terceiro álbum intitulado Alligator.
As diferenças com o disco antecessor são evidentes logo nos primeiros acordes do tema de abertura, “Fake Empire”. Ali pairava a explosão e o caos, agora a régua e o esquadro dominam Boxer, obrigando-o a respeitar a divina proporção, tornando-o controlado e timidamente contido, mas que de quando em vez liberta indignação.
É um álbum sobretudo observacional, reflectivo, cujas letras descrevem dicotomias: amor-ódio, guerra-paz. Ao ouvi-lo é recorrente a imagem de um gentleman envergando fato e gravata, sentado numa poltrona num selecto clube de fumo, que respeitosa e serenamente, não sem uma boa dose de ironia, disserta sobre alienação urbana. Daí que crie uma atmosfera nocturna, levando-nos a vaguear de mãos nos bolsos e cabeça pensativamente caída, por escuras ruas despidas de movimento.
Predominantemente acústico, o disco é marcado pela guitarra de Bryce Dessner's, um piano nada absentista e a bateria de Bryan Devendorf's, naturalmente enriquecido pela ébria voz de Matt Berninger. Bem vindos à prismática melancolia de Boxer.
As diferenças com o disco antecessor são evidentes logo nos primeiros acordes do tema de abertura, “Fake Empire”. Ali pairava a explosão e o caos, agora a régua e o esquadro dominam Boxer, obrigando-o a respeitar a divina proporção, tornando-o controlado e timidamente contido, mas que de quando em vez liberta indignação.
É um álbum sobretudo observacional, reflectivo, cujas letras descrevem dicotomias: amor-ódio, guerra-paz. Ao ouvi-lo é recorrente a imagem de um gentleman envergando fato e gravata, sentado numa poltrona num selecto clube de fumo, que respeitosa e serenamente, não sem uma boa dose de ironia, disserta sobre alienação urbana. Daí que crie uma atmosfera nocturna, levando-nos a vaguear de mãos nos bolsos e cabeça pensativamente caída, por escuras ruas despidas de movimento.
Predominantemente acústico, o disco é marcado pela guitarra de Bryce Dessner's, um piano nada absentista e a bateria de Bryan Devendorf's, naturalmente enriquecido pela ébria voz de Matt Berninger. Bem vindos à prismática melancolia de Boxer.
Momento Mágico: Fake Empire
The National - Boxer (2007) - Beggars Banquet
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