2007/04/02

John Mayer

Revolução Blues

John Mayer não é um nome consensual no universo indie, muito embora a sua ascensão como músico tenha as suas raízes no verdadeiro espírito “do it yourself”, tão característico deste, alicerçada que foi em tournées em bares de Atlanta e bootlegs trocadas entre os fãs locais.
O novo disco Continuum demonstra que as recentes colaborações com nomes como B.B. King, Buddy Guy ou Herbie Hancock, não foram obra do acaso, assim neste trabalho, John Mayer opta por uma sonoridade em que predomina, essencialmente, o Blues, muito embora se reconheçam elementos R&B, Folk, Gospel, Rock e Pop, na sequência do que havia feito em trabalhos anteriores, especialmente em Room For Squares e Heavier Things.
Desde logo se realça a capacidade de John Mayer, para se afirmar como um brilhante singer/songwriter, para além do enorme talento que tem como guitarrista, no entanto não se esvazia aí o potencial deste disco, na verdade a inteligência que demonstra para reflectir sobre a condição humana não pode deixar ninguém indiferente e indicia o porquê de ser considerado “herdeiro” de lendas comos Sting, Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan e Steve Winwood.
É sem qualquer dúvida o disco mais conseguido da sua carreira, introduz novos elementos ao seu estilo musical, não desilude, mas ainda não é a obra-prima que muitas pessoas entendem estar ao seu alcance.

Momento Mágico: Slow Dancing in a Burning Room


John Mayer - Continnum (2006) - Sony

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