2007/04/08

Low

Lentidão

A banda mais lenta do mundo volta a atacar. Se o anterior trabalho The Great Destroyer (2005), tinha deixado um leve sabor a desilusão e até mostrado um desgaste da fórmula, com Drums And Guns, surge um novo raiar de luz. E isto deve-se à introdução do experimentalismo electrónico, se até agora se contentavam com instrumentos orgânicos, a partir de agora há algo mais a explorar.
Dantes tínhamos o deserto sonoro, um espaço sem barulho e constantemente vazio, onde tudo acontece, apesar de não se ver. Era tudo um universo ocupado, por sombras em constante câmara lenta e isso fazia deles uma banda enorme.
Com a alteração (não brusca) da matriz, o jogo de vozes vai manter-se inalterado, continuando a variar entre a combinação, a alternância e a solidão. Nada muda na essência, o que veio acontecer foi um complemento, um enchimento dos espaços vazios, um iluminar do recanto da sala.A banda de Duluth, Minnesota, recria-se, inova-se e só ganha com isso, ganha ela e ganhamos nós.

Momento Mágico: Sandinista


Low
– “Drums And Guns” (2007) – Sub-Pop

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